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Música aos Vivos


Desenterre sua alma
Novo álbum do Oasis, Dig Out Your Soul, será lançado em outubro. Mas a capa (imagem acima) gera opiniões irônicas.
Por Jardim Etílico

Semana passada o Oasis anunciou em seu site oficial que seu sétimo álbum de estúdio irá se chamar ‘Dig Out Your Soul’ e que será lançado no dia 06 de Outubro na Inglaterra, sendo que uma semana antes chega as lojas ‘The Shock Of The Lightning’, que será o primeiro single desse novo trabalho da banda de Manchester.

Segundo as palavras do próprio Noel Gallagher ao falar sobre o álbum “Eu queria escrever musicas que tivessem groove; não músicas que seguissem aquele padrão tradicional de verso e refrão. Eu queria um som que fosse mais hipnótico; mais balanceado. Músicas que capturassem o ouvinte de uma forma diferente. Músicas com as quais você talvez tenha que se conectar, que sentir.”

Ele complementou dizendo que "Se ‘The Shock Of The Lightning’ soar instantânea e sem retoques, é porque foi escrita e gravada rapidamente. É basicamente a demo e manteve a sua energia. A primeira vez que você grava algo é sempre a melhor.”

Noel ainda confirmou a saída do baterista Zak Starkey da banda e a entrada de Chris Shanrock em seu lugar e também falou sobre outras três músicas que farão parte do tracklist: ‘Bag It Up’ , que foi escrita por ele e inspirada em ‘Baron Saturday’ do Pretty Thing, ‘I'm Outta Time’, balada "a la John Lennon" escrita pelo irmão Liam Gallagher e ‘Soldier On’, outra do Liam e que irá encerrar o álbum.

Para completar, anteontem (15/07/2008), o jornal inglês The Guardian disse, em seu blog sobre música, que a capa do novo disco da banda Oasis (imagem acima), Dig Out Your Soul, só “faz sentido se você usa as drogas certas, vem de Burnage (subúrbio de Manchester, cidade natal do Oasis) e se chama Noel Gallagher”.

A nota no blog do Guardian cita uma entrevista recente que Noel Gallagher deu à BBC, na qual o líder e guitarrista do Oasis diz sobre o novo álbum: “eu não passei um ano no estúdio mais caro da Inglaterra, com o produtor mais caro dos EUA, e o designer gráfico mais caro de Londres para dar (o disco) de graça”.

Após a citação, o Guardian prossegue: “então aqui apresentamos o trabalho do ‘designer gráfico mais caro de Londres’”.

Apesar de não ser creditada a nenhum artista específico, o Guardian especula que a obra pode ser de Julian House, responsável pela capa de XTRMNTR, do Primal Scream.


Pare e Pense!










Quem poderia imaginar um tempo em que o tempo, de nada, valesse; um tempo em que o tempo se esvaísse tão rápido de nossos relógios quanto o sangue, das veias de um hemofílico?









Quem poderia imaginar um mundo em que o aluguel é caro, a comida é cara, a água, o transporte, tudo, enfim, é tão caro, mas a vida humana é tão barata?







Quem poderia imaginar uma sociedade tão interligada, tão conectada em seus universos digitais, mas que, mesmo assim, permanece tão isolada e distante de si mesma?






Quem poderia imaginar que pessoas tão esclarecidas e tão informadas sobre tudo e sobre todos permaneçam ignorantes perante valores e conceitos básicos, como a fraternidade, o respeito entre as diferenças, a generosidade, o amor...?







Quem poderia imaginar...?

Volumes Alcoolicos - Textos

Mundo mágico chamado solidão.
Por Raisa.


“E tudo começa a parecer muito mais difícil do que realmente é.", escrevi na parede laranja, detesto essa cor, lembra-me uma mariposa que recebi dentro de um envelope vermelho, até hoje me pergunto como ela morreu, afinal o fim é o que realmente dignifica nossas histórias, e não nossas sim, pois nada é único- pessoal - intransferível, exceto a solidão. Os dias de chuvas pesam, ninguém mais morre graças aos novos guardas de trânsitos, acidentes não mais acontecem e os amores puros e degradantes tornaram-se efêmeros, caí no tédio, a falta profunda de qualquer relato, talvez um desafio, ainda assim escrevo, anoto para morrer ou matar e a cada vírgula dói mais, o não-existir também cria feridas.

Durmo. Não tenho prazeres, entretanto me afogo nas ausências e durmo, porque o sono também é uma tentativa de se salvar. Gosto de bancas de revistas, tantas coisas, tantas cores, se houvesse uma identidade que fosse exata na minha identificação eu provavelmente usaria dela para monta uma banca de revistas-jornais-livros. Um pequeno comércio de folhas multicoloridas numa esquina, a amizade com os idosos e suas palavras cruzadas, a ansiedade das crianças que ainda persistem na tentativa de completar o álbum de figurinhas e toda uma rotina tipicamente complementar, é sonho.

O peso da existência são as memórias que guardo, um amontoado de imagens perdidas num labirinto peculiar, figuras, palavras, impossível reunir e obter alguma lógica. Agora sou pessoal, apesar de não preferir absolutamente nada e render-me ao que chega com o fluxo, alguns chamam de fatalismo, eu simplesmente repito para fingir que o outro existe. Repito e anoto, porque ser feliz é estar fadado a não acumular memória alguma, feliz é quem aceita repetir-se sem mudar as palavras, sortudo é quem ainda assim torna-se essencial e não simplesmente suportável.

Pronomes indefinidos, não posso dizer que gosto delas, mas os decorei graças a umas aulas que ouço na rádio de músicas sobre Deus ou qualquer entidade espiritual desse nível, hoje em dia se aprende mais prestando atenção nos ponteiros do relógio do que ouvindo a voz da inexperiência, desatualizei-me. E continuo sem informações, prossigo só para preencher as linhas azuis, a margem vermelha no canto da folha ainda é uma provocação, a linha fixa entre o lado de cá e todo resto de lá, aqui o desânimo em tons tão claros que quase cegam de tanto reproduzirem-se em espelhos e do outro lado da rua uma vida, uma vidinha qualquer esperando um final, talvez um suicida ou apenas um tapa severo do tempo, em mim o silencio e em todos os outros o berro eterno dos lábios borrados de vermelho.

Acordar, escovar os dentes e tentar quebra-los logo após a raiva, arranhar as pernas, marcar as maçãs do rosto, desejar o nada e parar por cinco segundos para apreciar o vento intenso o bastante para varrer as folhas, um acidente seria bonito, um novo e visceral relato, a imprevisão é melhor ainda. Vermelho-marrom-preto, asfalto-sangue-cabelos, o meio-fio branco dividindo, quando se anseia por algo é possível até imaginar detalhadamente e nesse instante sorrir com os olhos vendados.

Polêmica


Meu cigarro te incomoda?
Por Gabriela Scheibe
Publicado anteriormente no site Os Armênios

Numa certa madrugada de sábado, um grupo de amigos saiu para se divertir. Como de costume, fizeram um “aquecimento” num lugar muito “querido” por eles...

Começaram a noite animados. Dirigiram-se para uma casa noturna a fim de ter uma noite divertida e agradável, ainda mais pelo motivo de ter que comemorar o aniversário de uma amiga. Após muito rock, cerveja e “Alexander”, resolveram voltar para o lugar do “esquenta”, com o desejo de saborear um lanche-maravilhoso-pós-balada que somente aquele lugar oferece.

Assim, esperando o lanche, uma das pessoas do grupo resolveu acender um cigarro, como costumeiramente as pessoas fazem naquele lugar. Após somente três tragadas, esta pessoa foi interrompida com uma batida no seu ombro. Virou-se para trás para ver quem havia lhe chamado. Assim, um homem, de mais ou menos uns trinta anos, que estava lanchando no local, solicitou furiosamente: “Por favor! Apague este cigarro! Estou comendo!”

A pessoa, educada, imaginando o estado de embriaguez daquele senhor, e observando a expressão irritada do homem, ergueu os braços, como se estivessem lhe pronunciando “Mãos ao alto!”, respondeu em tom compreensível: “Tudo bem!” E gentilmente apagou o cigarro. Mas não engoliu sua própria atitude. Seu orgulho ficou “entalado” em seu pensamento. Por que não falou alguma coisa? Podia ser do tipo… MEU CIGARRO TE INCOMODA? Ah… essa mania de engolir seco para não brigar com as pessoas… Por que não soltar o verbo e dizer uma grosseria? Tá, tudo bem. Passou. Mais uma vez.

Após comentar sobre a hipocrisia do homem irritado para os demais amigos da mesa, surgiu uma brilhante idéia de um sábio amigo da mesa. Inteligente e sarcasticamente, resolveram “irritar o irritável” e fazer o homem esbravejante ficar completamente irado. As sete pessoas que estavam na mesa acenderam um cigarro cada uma delas. Sete pessoas. Sete cigarros. Fumaça. Muita fumaça. O homem, esbaforindo de raiva, levantou-se da mesa, e proferiu, furiosamente, para a humilde pessoinha, apontando o dedo indicador em seu rosto: “Só não te jogo catchup na cara, porque #>*[#k/=*#@#*#!!!!!”.

A pessoa, sem reação, achou por bem ignorar o desaforo do brutamontes. Afinal, para ela, a melhor forma de atingir e irritar uma pessoa é ignorá-la mostrando indiferença. Após a guerra de palavras, os amigos da mesa, prontamente, partiram para a defesa da pessoa amiga. Todos pareciam seguramente tranqüilos e ao mesmo tempo revoltados. O dono da razão, por sua alegação, disse haver uma lei onde não se pode fumar em ambiente fechado. A turma, com classe, disse não existir lei nenhuma que valha mais que o costume do local. Afinal, era notável que o ser irritável nunca freqüentava aquele recinto, não podendo falar sobre costume e tradição do mesmo. Já o grupo, freqüentadores assíduos, sabia bem mais sobre aquele local do que qualquer outra pessoa.

Assim, chamou-me atenção o fato para análise e pesquisa. Existe sim uma lei que proíbe o uso de cigarros em ambientes fechados. Trata-se da lei 9.294 de 15 de julho de 1996. Em seu artigo 2° diz: “É proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígero, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo, privado ou público, salvo em área destinada exclusivamente a esse fim, devidamente isolada e com arejamento conveniente.”

Tudo bem, a lei é essa. Ela protege o “Sr. nariz empinado”. Mas para a Ciência do Direito nenhum argumento tem fim. Nenhuma palavra tem o poder de dar o ponto final. Engana-se quem pensa que somente tem amparo quem se fundamenta na lei. O importuno ser podia até ter conhecimento. Importuno sim, pois aquela não era hora nem lugar para tanta má-educação e mediocricidade.

Segundo Hans Kelsen, grande filósofo do Direito, “nem toda norma moral é uma norma de justiça”. Explicando melhor: “norma moral” significa a lei e “norma de justiça” constitui o costume e a tradição. Assim, surge o conflito e a luta de divergências entre o “direito positivo”, aquele baseado nas leis do direito, e o “direito natural”, baseado essencialmente nos costumes e tradições de um povo. Assim, Kelsen nos põe a pensar que a lei não tira a razão de tudo. Em sua obra “O problema da justiça”, este grande pensador traz a defesa do grupo de amigos. Em seu texto, menciona: “… a norma de justiça e a norma do direito positivo são consideradas simultaneamente válidas. Tal, porém, não é possível, se as duas normas estão em contradição, quer dizer, entram em conflito uma com a outra. Nesse caso, apenas uma delas pode ser considerada válida. Em face de uma norma de justiça pressuposta como válida não pode ser considerada válida uma norma do direito positivo que a contradiga…” Aqui, na linguagem de Kelsen, “validade” deve ser entendida como validade objetiva. Isso quer dizer que, quando duas leis estão em choque, apenas uma delas é válida.

É lógico que as leis têm força coercitiva. O que Kelsen enfatiza neste contexto é a contradição das leis com os costumes, quando ambos conflitam. Foram através dos costumes que surgiram as leis. Por que optar pelo derivado quando temos em evidência a força da origem? Então, por que optar pela “lei que proíbe” e não pelo “hábito de fumar das pessoas que freqüentam o lugar”?

Assim, temos as duas versões, a lei e Kelsen. Considere que cada ser tem uma filosofia de vida, um entendimento diferente. O poder de persuasão atinge os dois lados. Basta decidir o que mais pesa na balança da justiça. Eu aposto na força das tradições, lembrando que o “direito positivo” surgiu através do “direito natural”. Através dos costumes e tradições da Antigüidade é que surgiram as leis que vigem em nosso país. O “direito natural” é necessário, essencial e gritante. Nem sempre a lei vence. Ponto positivo para os sete amigos, os sete cigarros e as fumaças…

Comportamento

Garoto!! Garota!!

RELAXA E GOZA!!!



Tabu. Perversão. Pecado. "Coisa do demônio!". Em pleno século XXI, a maior parte da sociedade ainda considera a masturbação uma prática abominável e até (sic) perigosa. Leia o texto a seguir e veja que a masturbação não é um mal... muuito pelo contrário!
Por Cleiton Soares Zanini.





Desde o dia em que saímos do útero materno até a hora em que entramos em nossos túmulos, nossa família, nossos amigos, e todas as pessoas ao nosso redor metem em nossas cabeças que, tudo que diz respeito à sexualidade, ao sexo, é ruim, pecaminoso, proibido. Que sexo é coisa suja, coisa de gente amoral. Se você fala uma vírgula sequer sobre isso, pronto; você se torna um canalha, um "mente suja", um pervertido! Um perfeito herege!


É a partir daí que surgem todos os mitos, os recalques e os preconceitos que assolam nossa sociedade "moralista" e "família" em que vivemos. E um dos maiores alvos deles é a masturbação.


A palavra masturbação vem da palavra latina manustrupare ou ainda masturbatio, sujar as mãos, ou prostituir, daí podemos perceber a enorme conotação negativa que herdamos com relação à prática da masturbação e define-se como ato da estimulação dos órgãos genitais, sem a presença do (a) outro (a) ou de outros, manualmente ou por meio de objetos, com o objetivo de obter prazer sexual, seguido ou não de orgasmo.


Apesar de ser sociamente condenável em algumas culturas, a masturbação não causa doenças, não é crime (a menos que você se masturbe no meio da rua ou lugares públicos!), é uma forma prazeirosa de conhecer seu próprio corpo, além de ser saudável e fazer bem. Desde que seja feita sem culpas e/ou obsessões. Aliás, num relacionamento sexual, quanto mais você conhecer o seu corpo e a maneira como ele age a estímulos externos, melhor será para você e sua (seu) parceira (o).


"A masturbação é quase um direito adquirido, tanto homens quanto mulheres têm a grande oportunidade de assim, concentrarem-se na própria sexualidade, tornando-a mais rica e prazerosa", cita o psicólogo, psicanalista e sexólogo Cássio do Reis, em artigo publicado no site Toque Feminino.


Ainda assim, as pessoas tem muito medo de admitir que a masturbação é algo completamente natural, que faz parte da vida da maioria das pessoas, em algum momento da vida delas. Por isso, cercam-se de pudores e preconceitos inúteis, a fim de ignorar a existência desta prática. Mas isso nem sempre foi assim.


Na Grécia Antiga, de moralidade sexual muito livre, comparada à Ocidental atual, a masturbação era um ato sexual usual e aceito como natural. Foi com a chegada da cultura judaico-cristã no Ocidente que começou esse processo de repressão (por motivos morais e religiosos) que arrasta-se até hoje. O desperdício voluntário de esperma (ou sêmen) era pecado grave, punido, algumas vezes, até com pena de morte. Este fenómeno teve dois grandes responsáveis: a Igreja Católica e a Medicina. A Igreja Católica, através do teólogo São Tomas de Aquino, classificou-a como um pecado contra natureza, mesmo pior do que incesto. Ele se baseava na interpretação da narrativa (errônea) do Antigo Testamento sobre Onã. A descoberta do espermatozóide, em 1677, motivou a Medicina a se associar à Igreja Católica para qualificar a masturbação como uma doença abominável e um mal moral, uma vez que o espermatozóide veio a ser considerado como um bebé em miniatura.


A repressão da masturbação foi, consequentemente, a regra nos Séculos XVII a XIX. Era vista como uma doença que provocava distúrbios do estômago e da digestão, perda do apetite ou fome voraz, vómitos, náuseas, debilitação dos órgãos respiratórios, tosse, rouquidão, paralisias, enfraquecimento do órgão de procriação a ponto de causar impotência, falta de desejo sexual e ejaculações nocturnas e diurnas. Em 1758, Samuel Auguste Tissot publica o "Ensaio sobre as doenças decorrentes do Onanismo", em que diz que esta doença ataca os jovens e libidinosos e, embora comam bem, emagrecem e consomem seu vigor juvenil.


No entanto, no início do século XX, surgiram novos estudiosos com Sigmund Freud, Kraft-Hebing e Havelock Ellis, com novas linhas de pensamento que levaram a uma visão diferente da masturbação. Por isso, sabemos hoje que isto tudo não é verdade. Mas o preconceito permanece. E quem sofre com isso são aqueles que praticam a masturbação.



Desencana! Mastubar-se faz bem, não causa AIDS e nem engravida! Não te deixa louco nem debilóide e nem com as mãos peludas!


Masturbe-se e seja feliz!



PS: Para os interessados, abaixo estão dois guias bem bacanas que te dão grandes dicas sobre masturbação. É só clicar nas imagens!














Música aos Vivos



Musica para ouvir (e ver, ler, dancar...)

Grupos como O Teatro Mágico e Cordel do Fogo Encantado mostram ao público como a união da música com o teatro, a literatura, a dança, etc. pode promover espetáculos tão diversos e únicos.
Por Cleiton Soares Zanini


A música, como a maioria das manifestações artísticas, é uma voraz agregadora de valores e influências. Em tudo que se vê (e ouve, obvio!) em relação a ela, percebemos como acontece essa interação, essa simbiose da música com a literatura e com o teatro, por exemplo. Porem, essa interação nem sempre é muito obvia; um exemplo é quando um artista escreve uma musica baseada em um conto, um poema, ou um livro.


Entretanto, vemos grupos que mostram essas misturas de forma escancarada e magnífica. Esses grupos fazem com que cada show, cada música executada se torne uma saborosa salada de intervenções. Dois exemplos disso são os grupos O Teatro Mágico (SP) e Cordel do Fogo Encantado (PE).


O grupo O Teatro Magico, formado e dirigido por Fernando Anitelli, surgiu no mundo mágico de Oz... Osasco (como eles mesmo dizem) em 16 de dezembro de 2004. O grupo - ou trupe, como eles preferem ser chamados -, mistura música, poesia, teatro, arte circense e um punhado de coisas mais; criando espetáculos que primam pela beleza estetica e pela emoção, pela sensibilidade. Cada apresentação d'O Teatro Magico "é um sarau amplificado onde tudo pode acontecer", como explica Fernando, que é o responsavel pela idealização artística do grupo (ops! TRUPE).


O nome da trupe foi inspirado no livro O Lobo da Estepe, do escritor alemão Hermann Hesse; nesse livro, Harry Haller - um outsider misantropo, alcóolatra e intelectualizado -, ao conviver com os personagens Hermínia, Maria e Pablo, adentra em uma espécie de "Teatro Mágico", onde tem uma placa que diz: "Entrada Para Raros".


A trupe tem influências das mais variadas: música brasileira, violões acústicos, cordas, poesias, batidas variadas, Rock, Drum'N'Bass, Lenine, Chico Science, Mawaca, Gilberto Gil, Cordel do Fogo Encantado, Dave Mathews, Ben Harper, Teenage Fanclub, Herman Hesse, Stone Roses, Cecília Meireles, Secos e Molhados, Clarice Lispector, Tom Zé e outras raridades...
A proposta da trupe é oferecer livre acesso à cultura - por meio da disponibilização de todas as músicas para download gratuito - e transmitir conteúdo de qualidade.


O Teatro Mágico tem 2 CD's: O Teatro Mágico: Entrada para Raros e Segundo Ato (a ser lançado).


Para saber mais:
Leia 2 entrevistas da trupe clicando nos links:




No ano de 1997, um grupo de teatro formado por José Paes de Lira, Clayton Barros e Emerson Calado chamava a atenção da cidade de Arcoverde, no Pernambuco. E esse espetáculo, percorrendo o interior de Penambuco, foi sucesso de público por dois anos. Em Recife, esse grupo ganhou mais duas aquisições que iriam modificar a sua trajetoria: os percussionistas Nego Henrique e Rafa Almeida. O nome do espetáculo: Cordel do Fogo Encantado.




Depois da apresentação feita no festival Rec-Beat, no carnaval de 1999, Cordel do Fogo Encantado passa a ser espetáculo e grupo musical. E, com isso, ultrapassaram fronteiras, ganharam visibilidade dentro e fora do país e alcançaram status de revelação da música brasileira.


A poesia hoje faz a ligação de todo o espetáculo. Pequenos poemas e até hitorinhas. Algumas dessas poesias foram retiradas do repertório que ocupava 40 minutos do espetáculo. Lirinha já recitou poesias em festivais de rock, no carnaval e ainda assim a multidão silenciava e recitava algumas poesias como as de João Cabral de Melo Neto e Zé da Luz.

A significação do nome seria a seguinte:

Cordel - O Cordel, na região de Pernambuco, é sinônimo de história. E cordel é, também, um folheto de poesia popular, originalmente oral, que era exposto para venda em varais de corda, ou cordéis.


Fogo - Para os integrantes, o Fogo é o elemento natural mais representativo da suas existências, devido a sua cidade, seu lugar de origem e da sua intenção musical e poética inconstante e mutável.


Encantado - O Encantado ressaltaria a visão apocalíptica e profética dos mistérios entre o céu e a terra.

Na formação, o carisma e a poesia de Lira Paes, a força do violão regional de Clayton Barros, a referência rock de Emerson Calado e o peso da levada dos tambores de Rafa Almeida e Nego Henrique. Cordel do Fogo Encantado percorre o Brasil e países como Bélgica, Alemanha e França, conquistando a todos com suas apresentações únicas e antológicas.

Entre os prêmios conquistados pela banda estão o de banda revelação pela APCA (2001) e os de melhor grupo pelo BR-Rival (2002), Caras (2002), TIM (2003), Qualidade Brasil (2003) e o bi-campeonato do Prêmio Hangar (2002 e 2003).

No cinema, a banda participou da trilha sonora e do filme de Cacá Diegues, “Deus É Brasileiro”. Nas brechas das turnês, Lira Paes marcou presença também na trilha sonora de “Lisbela e o Prisioneiro”, de Guel Arraes, na qual interpreta a música “O Amor é Filme”.


Cordel do Fogo Encantado tem 3 CD's - Cordel do Fogo Encantado (2001), O Palhaço do Circo Sem Futuro (2002) e Transfiguração (2006) e mais o DVD MTV Apresenta: Cordel do Fogo Encantado (2005).


Veja, abaixo, a relação das músicas de cada álbum:


Cordel do Fogo Encantado (2001)

A chegada do Zé do Né na Lagoa de Dentro
Poeira (Tambores do vento que vem)
Cordel do Fogo Encantado
Boi Luzeiro (Pega de Violento/Vaidosa/Avoador)
Chamada dos Santos Africanos
Chover
O Cordel Estradeiro
Antes dos Mouros
Os Oim do meu Amor
Toada velha cansada
Salve
Alto do Cruzeiro
Pedrinha
Foguete de Reis
O Carroceiro
Profecia Final
Catinguera
Ai se Sesse


O Palhaço do Circo Sem Futuro (2002)

Os Anjos caídos
A construção do caos
Nossa Senhora da Paz
Na Veia
A árvore dos Encantados
O Palhaço do Circo Sem Futuro
Devastação da Calma
Tempestade
Quando o sono não chegar
Dos três mal-amados
A Matadeira
Cavaleiros do Fogo da Origem
Britadeira
Jetir Xenupre Jucrêgo
O espetáculo
Vou saquear a tua feira
O Fim do segundo Ato


Transfiguração (2006)


Tlank
Aqui (Memórias do Cárcere)
O Sinal Ficou Verde (Além do Bem e do Mal)
Sobre as Folhas (O Barão nas Árvores)
Preta
Pedra e Bala (Os Sertões)
Louco de Deus (Perto de Você)
Ela Disse Assim (A Teus Pés)
Transfiguração
O Lamento das Águas Sagradas
Joana do Arco (Agitprop)
Canto dos Emigrantes
Morte e Vida Stanley
Na Estrada (Quando Encontrei Dean Pela Primeira Vez)





Agenda

Otakontro Passo Fundo

29 de março [sábado]

13:30 - 17:30

IMED


ATRAÇÕES:

PALESTRA SOBRE A CULTURA POP JAPONESA
EXPOSIÇÃO SOBRE MANGÁ
EXIBIÇÃO DE UM FILME DE ANIMÊ
ANIMEKÊ
GAMES/CAMPEONATO PLAYSTATION
RPG E CARDS
E muito mais!

Quadrinhos

20 anos de mangás no Brasil
A IMED, até maio, contará ao público sobre a evolução dos mangás através de uma belíssima exposição.

fonte: IMED
Cleiton Soares Zanini/Jardim Etílico

No dia 21 de fevereiro, a IMED abriu, em sua biblioteca, uma exposição sobre histórias em quadrinhos japonesas, conhecidas como mangás. São 15 pôsteres que mesclam imagens e informações, pesquisadas e finalizadas pela jornalista Giovana Carlos e pela estudante Vivian S. Carlos.

Em 2008, comemoram-se 20 anos de publicação de mangás no Brasil. Assim, esta exposição da IMED vem colaborar para o conhecimento e reflexão sobre a entrada e permanência desse produto oriental no país, mostrando as principais características e dados sobre o consumo de quadrinhos nipônicos.

A exposição pode ser visitada até 21 de maio de 2008, na Biblioteca Central da IMED. A entrada é gratuita. Informações pelo telefone (54) 3045-6100.



Mangás no Brasil

De acordo com Giovana Carlos, que pesquisa a cultura pop japonesa, esta exposição visa conscientizar o público visitante que histórias em quadrinhos não são apenas para crianças ou com enredos simplórios. Os dados para a exposição provêm de trabalhos científicos, livros, artigos e revistas especializadas em animês (desenhos animados) e mangás. As imagens dos quadros foram retiradas de pesquisa na internet e do acervo pessoal da jornalista.

Os quadros estão divididos conforme os seguintes temas:

O Início;
Mangá x Animê;
Consumo BR;
Leitor Otaku;
Consumo JP;
Características;
Segmentação 1;
Segmentação 2;
Origem;
O Deus do Mangá;
Temas 1 e
Temas 2.

Os últimos três quadros apresentam as primeiras páginas do mangá O Lobo Solitário, lançado em 1988 no Brasil.

Desde O Lobo Solitário, de Kazuo Koike e Goseki Kojima, diversos mangás foram publicados no país com diferentes temáticas e para públicos de diversas idades. Em 2007, mais de 100 títulos estavam à venda no Brasil pelas editoras JBC, Conrad, Panini e NewPOP. O grande consumo de mangás, associados a outros produtos como os animês, os live-actions (seriados com atores), a j-music e os jogos de vídeo games oriundos do Japão, está imerso na chamada cultura pop japonesa, termo que designa uma cultura nipônica produzida e consumida pelo viés da mídia, a qual muitos ocidentais estão inseridos atualmente, fazendo com que o Japão se torne o segundo maior exportador de cultura no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Serviço

Exposição “Mangás: 20 anos de histórias em quadrinhos publicadas no Brasil”
De 21 de fevereiro a 21 de maio de 2008
Na Biblioteca Central da IMED
Entrada Gratuita

Música aos Vivos!

Dispense a espera, Alice!!!
Já está à venda o 1º álbum da banda passofundense Dinartes!

Por Cleiton Soares Zanini/Jardim Etílico

Recém-saído da prensa, o disco de estréia da banda Dinartes (ao lado, detalhe da capa) promete ser, senão o melhor, um dos melhores álbuns independentes de 2008!

O álbum, também chamado "Dinartes", conta com 13 belíssimas canções, dentre elas Notícias Para Honey, Sai Fora Xaropão e Clubinho - sucessos dinarteanos indiscutíveis; além de Só coisas boas sobre você, Vai melhorar depois do Inverno, Dispense a Dor, Alice, entre outros sons.

O disco é resultado de meses e meses de paciência, de dedicação, de inúmeras horas de estúdio e mixagem, e muito gana de fazer um álbum ágil, direto, sem frescurinhas e de altíssima qualidade. E podem ter certeza: eles atingiram seu objetivo!

Você, que curte um autêntico rock'n'roll e não tá afim de marcar touca, corre comprar este horrorshow CD!!!

O CD custa R$15,00 e pode ser adquirido das seguintes formas:

Com a banda:

Rodrigo Chaise - (54) 99844060
Alcemar Pitágoras - (54) 96056895
André Zitto - (54) 9605-5473

Enviando scrap para o perfil da Dinartes no Orkut:
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=14829627667965682260

E dia 5 de maio (sábado), festa de lançamento do CD na Velvet!
Maiores informações: http://www.dinartesrock.blogspot.com/
ou por este blog mesmo...

Quadrinhos!


Definitivamente, ambos. Há mais de quinze anos, em 1992, morria o homem responsável por iluminar o imaginário libidinoso do contido e conservador Brasil das décadas de 50 a 70; um artista de desenhos toscos e sem técnica que foi durante anos a fio tachado de pornográfico, e manteve-se na clandestinidade até os setenta anos, quando sua identidade foi finalmente revelada.

Ironicamente, estava destinado a jamais colher os frutos de seu trabalho: menos de um ano depois, desgarrava-se deste mundo, provavelmente para continuar suas historinhas sacanas em outras bandas.



PORNOGRAFIA NAÏF

Diante dos olhos da sociedade, um pacato funcionário do Departamento Nacional de Imigração, de nome Alcides Caminha. O que ninguém sabia era que, nas horas vagas, o autodidata que só completou o curso ginasial aos 58 anos de idade também rabiscava - o termo é esse mesmo - histórias em quadrinhos em que apresentava homens e mulheres (e também alguns animais) nas mais diversas situações, onde tudo convergia para o mesmo ponto: o sexo.

A idéia de criar as revistinhas de sacanagem, também conhecidas por "catecismos" (por serem escondidas dentro de publicações religiosas), surgiu quando um colega lhe apareceu com duas revistinhas italianas e, sabendo do talento do amigo para o desenho, lhe pediu que ampliasse os desenhos. Alcides tomou gosto pela coisa, e a partir daí passou a criar suas próprias histórias, utilizando-se diversas vezes do artifício de copiar desenhos e posições de outras revistas e fotonovelas eróticas. Temendo perder o emprego - e, depois de aposentado, sua humilde pensão - caso se envolvesse em escândalos (em função da antiga Lei 7.967, que regia o funcionalismo público), Alcides adotou o nome fictício de Carlos Zéfiro, e passou a produzir inúmeras historinhas na clandestinidade.

Alcides também tinha dotes musicais: amigo de Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho, compôs quatro sambas com o último, entre eles o clássico "A Flor e o Espinho". Mas foi mesmo com sua identidade secreta que Caminha conheceu o sucesso, mesmo que sem retorno financeiro.

ESCONDIDINHO É MAIS GOSTOSO

Os catecismos eram vendidos clandestinamente em locais como barbearias e bancas de jornal. O formato fino das revistinhas facilitava a ocultação, sendo escondido em livros, cadernos e principalmente em outras revistas que eram compradas exclusivamente com este propósito, para a felicidade dos jornaleiros que sempre lucravam em dobro. As histórias de Carlos Zéfiro, na maioria das vezes, apresentavam mulheres e homens gostosos, fogosos e viris. De vez em quando aparecia um jumento aqui, um corcunda ali, mas estes eram exceção à regra. Curiosamente, sua historinha mais vendida, a hilária "Aventura de João Cavalo" trazia como protagonista um nordestino atarracado e feioso que, digamos, possuía um dote peculiar que compensava sua falta de beleza e justificava tal denominação.



As revistinhas de Carlos Zéfiro eram um sucesso entre os adolescentes cheio de espinhas e tesão, encontrando público também entre os homens de outras faixas etárias. E coitado de quem desse mole de ser flagrado portando uma dessas obscenidades por aí: consideradas como uma total imoralidade pelas tradicionais famílias católicas da época, os catecismos também sofriam a fúria impiedosa das feministas, que se consideravam reduzidas à condição de reles putas em suas histórias. Com todo esse arsenal moral apontado para sua cabeça, Alcides achou melhor manter sua identidade em segredo, mesmo depois de ter interrompido seus trabalhos em 1968, temendo a perseguição do regime militar, além de enfrentar dura concorrência das famosas revistinhas dinamarquesas e suecas, que traziam fotonovelas de sacanagem a cores, com closes de genitálias que não eram páreo para sua humilde "sacanarte".


O FIM DE UM MISTÉRIO


Após uma histórica investigação da revista Playboy e cedendo à pressão de seus filhos, em 1991 foi finalmente revelada a verdadeira identidade de Carlos Zéfiro. Ele foi apresentado publicamente na 1ª Bienal Internacional de Quadrinhos, no Rio de Janeiro. Este que vos escreve possuía 15 anos à época, e lembra muito bem do momento em que se aproximou de uma fila de autógrafos, portando exemplares da MAD e Chiclete com Banana debaixo do braço; ao indagar a um dos barbudos na fila quem era aquele velhinho cercado de coelhinhas da Playboy autografando livretos velhos e amarelados, recebeu a seguinte a resposta: "é o responsável por tudo o que você carrega aí". Levou algum tempo para que eu entendesse que ele falava dos desenhistas que eu curtia, e um pouco mais de tempo para entender que ele não se referia somente a eles.


Em uma de suas entrevistas concedidas após se revelar publicamente, perguntaram a Carlos Zéfiro se ele possuía a consciência de ser parte da história do país, ao que respondeu, com a habitual simplicidade: "não ligo muito para isso, não. Com sinceridade. Afinal, é muita honra para um nobre marquês. Acho tudo na vida muito efêmero. Hoje se está no apogeu, amanhã no ostracismo e acabou".


Hoje em dia, nesses tempos de popozudas e turbinadas, em que o erótico perde cada vez mais lugar à vulgarização do sexo, parece difícil folhar uma das revistinhas de Carlos Zéfiro e acreditar que se pudesse sentir tesão com tamanha simplicidade de traços. Mas as páginas coladas dos catecismos remanescentes vêm provar justamente o contrário.


Matéria extraída do site: http://www.mood.com.br