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Tabu. Perversão. Pecado. "Coisa do demônio!". Em pleno século XXI, a maior parte da sociedade ainda considera a masturbação uma prática abominável e até (sic) perigosa. Leia o texto a seguir e veja que a masturbação não é um mal... muuito pelo contrário!
Por Cleiton Soares Zanini.





Desde o dia em que saímos do útero materno até a hora em que entramos em nossos túmulos, nossa família, nossos amigos, e todas as pessoas ao nosso redor metem em nossas cabeças que, tudo que diz respeito à sexualidade, ao sexo, é ruim, pecaminoso, proibido. Que sexo é coisa suja, coisa de gente amoral. Se você fala uma vírgula sequer sobre isso, pronto; você se torna um canalha, um "mente suja", um pervertido! Um perfeito herege!


É a partir daí que surgem todos os mitos, os recalques e os preconceitos que assolam nossa sociedade "moralista" e "família" em que vivemos. E um dos maiores alvos deles é a masturbação.


A palavra masturbação vem da palavra latina manustrupare ou ainda masturbatio, sujar as mãos, ou prostituir, daí podemos perceber a enorme conotação negativa que herdamos com relação à prática da masturbação e define-se como ato da estimulação dos órgãos genitais, sem a presença do (a) outro (a) ou de outros, manualmente ou por meio de objetos, com o objetivo de obter prazer sexual, seguido ou não de orgasmo.


Apesar de ser sociamente condenável em algumas culturas, a masturbação não causa doenças, não é crime (a menos que você se masturbe no meio da rua ou lugares públicos!), é uma forma prazeirosa de conhecer seu próprio corpo, além de ser saudável e fazer bem. Desde que seja feita sem culpas e/ou obsessões. Aliás, num relacionamento sexual, quanto mais você conhecer o seu corpo e a maneira como ele age a estímulos externos, melhor será para você e sua (seu) parceira (o).


"A masturbação é quase um direito adquirido, tanto homens quanto mulheres têm a grande oportunidade de assim, concentrarem-se na própria sexualidade, tornando-a mais rica e prazerosa", cita o psicólogo, psicanalista e sexólogo Cássio do Reis, em artigo publicado no site Toque Feminino.


Ainda assim, as pessoas tem muito medo de admitir que a masturbação é algo completamente natural, que faz parte da vida da maioria das pessoas, em algum momento da vida delas. Por isso, cercam-se de pudores e preconceitos inúteis, a fim de ignorar a existência desta prática. Mas isso nem sempre foi assim.


Na Grécia Antiga, de moralidade sexual muito livre, comparada à Ocidental atual, a masturbação era um ato sexual usual e aceito como natural. Foi com a chegada da cultura judaico-cristã no Ocidente que começou esse processo de repressão (por motivos morais e religiosos) que arrasta-se até hoje. O desperdício voluntário de esperma (ou sêmen) era pecado grave, punido, algumas vezes, até com pena de morte. Este fenómeno teve dois grandes responsáveis: a Igreja Católica e a Medicina. A Igreja Católica, através do teólogo São Tomas de Aquino, classificou-a como um pecado contra natureza, mesmo pior do que incesto. Ele se baseava na interpretação da narrativa (errônea) do Antigo Testamento sobre Onã. A descoberta do espermatozóide, em 1677, motivou a Medicina a se associar à Igreja Católica para qualificar a masturbação como uma doença abominável e um mal moral, uma vez que o espermatozóide veio a ser considerado como um bebé em miniatura.


A repressão da masturbação foi, consequentemente, a regra nos Séculos XVII a XIX. Era vista como uma doença que provocava distúrbios do estômago e da digestão, perda do apetite ou fome voraz, vómitos, náuseas, debilitação dos órgãos respiratórios, tosse, rouquidão, paralisias, enfraquecimento do órgão de procriação a ponto de causar impotência, falta de desejo sexual e ejaculações nocturnas e diurnas. Em 1758, Samuel Auguste Tissot publica o "Ensaio sobre as doenças decorrentes do Onanismo", em que diz que esta doença ataca os jovens e libidinosos e, embora comam bem, emagrecem e consomem seu vigor juvenil.


No entanto, no início do século XX, surgiram novos estudiosos com Sigmund Freud, Kraft-Hebing e Havelock Ellis, com novas linhas de pensamento que levaram a uma visão diferente da masturbação. Por isso, sabemos hoje que isto tudo não é verdade. Mas o preconceito permanece. E quem sofre com isso são aqueles que praticam a masturbação.



Desencana! Mastubar-se faz bem, não causa AIDS e nem engravida! Não te deixa louco nem debilóide e nem com as mãos peludas!


Masturbe-se e seja feliz!



PS: Para os interessados, abaixo estão dois guias bem bacanas que te dão grandes dicas sobre masturbação. É só clicar nas imagens!














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